Segundo ranking divulgado pela ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), sete dos 14 municípios que estão em melhores condições para universalização do serviço possuem gestão da iniciativa privada

Um ranking divulgado esta semana (03.10) pela ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) revela que entre 231 municípios pesquisados, todos eles com mais de 100 mil habitantes, a grande maioria ainda está longe de atingir a universalização dos serviços de saneamento básico.

Do total de cidades incluídas no levantamento, 176 (76%) ainda se encontra no que a pesquisa chamou de “primeiros passos para a universalização”. Outras 41 foram classificadas como tendo um “compromisso pela universalização” e apenas 14 municípios atingiram o estágio “rumo à universalização”.

Entre os melhores da lista estão sete municípios onde existe concessão plena ou parcial dos serviços de água e esgoto à iniciativa privada, o que pode indicar um caminho para que o Brasil consiga ter no saneamento, a médio prazo, índices mais condizentes com a saúde da população.

Relatório divulgado em 24.09 pela ANA (Agência Nacional de Águas) revela que um a cada quatro brasileiros mora em residência sem coleta e tratamento de esgoto. E nem sempre o esgoto coletado é tratado, como mostram os números do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Hoje, apenas 42,67% do esgoto gerado é tratado.

O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) preconiza que o Brasil atinja a universalização dos serviços de saneamento em 2033, o que demandaria investimentos de R$ 15,2 bilhões anuais para que todos os brasileiros tenham saneamento básico. O problema é que esse nível de investimento nunca foi alcançado desde que o Plansab foi publicado, em 2013, e o número já pede uma revisão.

Apesar de atender apenas 6% do mercado (322 municípios), a iniciativa privada já é responsável por 20% do investimento anual em saneamento no país. Os investimentos comprometidos pelas concessões privadas no setor somam R$ 34,8 bilhões, dos quais R$ 12,7 bilhões devem ser aplicados até 2020.

Concessões privadas no Ranking ABES da Universalização do Saneamento

Cidades consideradas rumo à universalização: 6 entre 14 (42,8%)

• Niterói/RJ (concessão plena)
• Araçatuba/SP (concessão plena)
• Limeira/SP (concessão plena)
• Votorantim/SP (concessão plena)
• Jundiaí/SP (concessão parcial de esgoto)
• Piracicaba/SP (PPP de esgoto)
• Birigui/SP (concessão parcial de água)

As demais ranqueadas como “rumo à universalização” foram:

Araraquara (SP), Curitiba (PR), Franca (SP), Maringá (PR), Santos (SP), São José dos Campos (SP) e Taubaté (SP).

Consulte a pesquisa completa em: http://abes-dn.org.br/?p=13228.