A campanha #SomosMaisSaneamento (http://somosmaissaneamento.com.br/) foi apresentada na noite dessa quarta-feira (21) para políticos, empresários e representantes ambientais, em solenidade realizada no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília. A iniciativa envolve mais de 30 organizações que atuam em prol da agenda de saneamento básico, entre as quais a CNI, e tem como objetivo o fortalecimento do debate sobre o setor mais atrasado da infraestrutura no Brasil.

O senador Roberto Muniz (PP-BA), um dos participantes do evento, afirmou que a indústria e a agricultura são áreas estratégicas que podem colaborar com a universalização das redes de esgoto no país. “Esse é sem dúvida o maior apartheid que os brasileiros enfrentam. Prefiro viver em um país onde as leis estejam nos papéis, mas as águas estejam nas torneiras”, discursou o
parlamentar.

Atualmente, 43% (89,3 milhões) dos brasileiros não têm acesso à rede de coleta de esgoto e 16,7% (34,6 milhões) não têm acesso a água tratada. A universalização dos serviços de saneamento deve acontecer somente em 2052, quase 20 anos depois da meta – 2033 – estabelecida pelo Plano
Nacional de Saneamento Básico (Plansab).

INICIATIVA PRIVADA – O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, ressaltou a importância da campanha para engajar entidades a favor da universalização do saneamento no país. Segundo ele, a participação da iniciativa privada é fundamental para que o Brasil caminhe no sentido da ampliação das redes de água e esgoto. “A campanha é uma oportunidade para esse tema tão relevante estar presente na agenda de prioridades do país”, destacou Bomtempo. Também participaram da solenidade de apresentação da campanha o presidente do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços
Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), Alexandre Lopes, o especialista sênior do Banco Mundial, Marcos Thadeu Abicalil e o coordenador da Fundação Amazonas Sustentável, André Ballesteros.

Lopes falou sobre a iniciativa da campanha #SomosMaisSaneamento e a importância de a sociedade continuar partilhando suas preocupações a respeito do saneamento, como forma de engajar mais pessoas em prol do direito ao esgotamento sanitário. “O tema precisa ser discutido em âmbito nacional e colocado como prioridade na campanha eleitoral. O serviço de saneamento precisa ser levado com urgência a quem mais necessita”, afirmou Alexandre Lopes.

Fonte: CNI