Até o final da Copa do Mundo a ABCON SINDCON divulgará nas redes sociais os dados de cobertura de água e esgoto dos países participantes do torneio. As informações são baseadas em levantamento do Banco Mundial.

A série de posts propõe uma reflexão: e se os países estivessem competindo pelos melhores índices de atendimento de água e esgoto? Quem seria o melhor do mundo?

Segundo esse comparativo internacional, o Brasil tem apenas 48,7% da população com esgoto e 85,7%, com acesso à água potável.

O país, na primeira fase da Copa, teve que enfrentar nações com realidades diferentes. A Suíça já possui os serviços de água e esgoto universalizados.

A Sérvia apresenta números inferiores ao do Brasil (18,35% da população com esgoto e 75,04%, com água). Camarões, por sua vez, não possui dados sobre saneamento nos World Development Indicators do Banco Mundial.

 

A realidade de cada continente

Na sequência da Copa, o Brasil enfrentará um dos seguintes países: Portugal, Uruguai, Coréia do Sul ou Gana, cada qual representando um continente diferente. A Coréia já possui abastecimento de água universalizado, enquanto Portugal atinge 95,4% de cobertura.

Gana, por sua vez, tem menos da metade da população atendida em ambos os serviços (41,4% da população com água e somente 13,32% com esgoto). São os piores índices entre todos os países da Copa.

Em esgotamento sanitário, a Coréia também já alcançou a universalização, enquanto Portugal ostenta um índice de 85% nesse quesito. Não há dados atualizados sobre nosso vizinho, o Uruguai.

 

Quem já universalizou?

 

Entre todos os países classificados para a Copa do Mundo, há um grupo seleto daqueles que já atingiram a universalização de água e esgoto (considerando os índices acima de 90%): além da Coréia e da Suíça, estão na lista os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Reino Unido, Dinamarca, Espanha, Polônia e Catar.

A Copa do Saneamento pode ser conferida diariamente nas redes sociais da ABCON SINDCON.

 

Entenda os números

 

Os dados do Banco Mundial, que consideram soluções individuais, diferem ligeiramente do conceito adotado pelo SNIS, Serviço Nacional de Informações sobre Saneamento, adotado no Brasil.

O Banco Mundial leva em consideração a porcentagem de pessoas que utilizam água potável proveniente de uma fonte melhorada que é acessível no local, disponível quando necessário e livre de contaminação.

Fontes de água melhoradas incluem água encanada, poços ou poços tubulares, poços cavados protegidos, nascentes protegidas e água embalada ou entregue.

Pelo SNIS 2020, 84% dos brasileiros têm água tratada e 45% não tem acesso nem mesmo à coleta de esgoto.

No tratamento de esgoto, o Banco Mundial inclui a porcentagem de pessoas que utilizam pelo menos serviços de saneamento básico, ou seja, instalações de saneamento melhoradas que não são compartilhadas com outros domicílios.

Esse indicador engloba tanto as pessoas que usam serviços de saneamento básico quanto aquelas que usam serviços de saneamento gerenciados com segurança.

Por instalações sanitárias melhoradas entende-se o conjunto que inclui descarga/descarga em sistemas de esgoto canalizados, fossas sépticas ou latrinas de fossa; latrinas ventiladas melhoradas, banheiros de composição ou latrinas de fossa com lajes.