Presidente do banco diz que marco regulatório está abrindo perspectivas para o setor do saneamento 

Na última segunda-feira (06/06), o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que a instituição está trabalhando em uma nova coleta de financiamento para projetos de saneamento.  

Durante o evento “Construindo Futuros no Saneamento”, Montezano declarou que, com a aprovação no marco legal do saneamento, o setor mostrou a sua força.  

No entanto, para que a lei seja mais eficiente, alguns ajustes regulatórios precisam ser efetuados.  

 

Investimentos e conquistas após aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento 

 

Foram realizadas licitações para nove concessões desde a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento. Segundo o presidente o BNDES, o total arrecadado chega a R$ 30 bilhões em outorgas e R$ 42 bilhões para investimentos em projetos de despoluição e expansão dos serviços de água e esgoto 

A população beneficiada é de cerca de 17,6 milhões. 

Para Montezano, o marco legal se deu como uma inovação gigantesca que amadureceu a agenda regulatória. Portanto, é natural que ajustes sejam feitos. 

 

Projetos Modelados pelo BNDES 

 

O leilão dos lotes da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), foi o maior projeto configurado pelo BNDES, sendo arrecadado cerca de R$ 25 bilhões em outorgas.  

Outros projetos no Espírito Santo, Amapá, Alagoas, também saíram do papel. Além de uma parceria público-privada em Mato Grosso do Sul. Para o futuro, são esperadas licitações no Ceará, Paraíba e Sergipe. 

 

Metas e critérios 

Só podem receber recursos federais as prestadoras que aderirem à regionalização. As companhias estaduais também são obrigadas a comprovar capacidade econômico-financeira para atingir as metas de universalização, que são:  

  • Atender, até 2033, 99% da população com abastecimento de água; 
  • 90% com tratamento e coleta de esgoto. 

 

O interesse das empresas em investir no saneamento  

O presidente do BNDES disse ainda que o setor terá três agendas:  

  • Ajustes regulatórios; 
  • Financiamento; 
  • Gestão de resíduos sólidos.  

Existem empresas interessadas em investir no setor, mas a população precisa cobrar dos candidatos o cumprimento da agenda do saneamento, segundo Montezano. “Falta o gargalo político”, afirmou. 

“A melhora do saneamento deriva em emprego, saúde, meio ambiente eu um país mais justo”, disse o presidente do banco. 

 

Regionalização é o caminho para alcançar objetivos em prol do Saneamento 

 

O BNDES e a Secretaria Nacional de Saneamento (SNS), do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), assinaram protocolo de intenções para regionalização da gestão de resíduos sólidos no país. 

 O objetivo é a publicação de um decreto regulamentando o setor, promovendo a regionalização e a realização de concessões. 

Segundo o governo, menos de 5% dos resíduos sólidos são reciclados no Brasil atualmente.  

 

Fonte: Valor Econômico.