Setor que possui índices alarmantes na coleta e tratamento de esgoto pode avançar com parcerias público-privadas
O Brasil possui 100 milhões de pessoas sem acesso a redes de esgoto e precisa investir o dobro do que tem investido nos últimos anos para reduzir esse déficit. No entanto, os recursos públicos para infraestrutura estão cada vez mais escassos, e a situação do saneamento se agrava a cada dia, com riscos evidentes à saúde pública.
É nesse cenário que a ABCON (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) promove no dia 29 de novembro, a partir das 11 horas, em Salvador (BA), o painel Saneamento em Números: avanços, desafios e benefícios aos municípios, durante o 2º Encontro Nacional de PPPs Municipais.
Para falar sobre os números do saneamento e seus desafios, o convidado é o presidente do Instituto Trata Brasil, Édson Carlos, que acompanha a realidade do setor em todas as regiões do país. “Somente 42% dos esgotos gerados são tratados, o que explica o grande impacto negativo do saneamento na saúde, com a permanência de diarreias e verminoses entre as doenças que mais afetam a população brasileira”, explica ele.
Segundo dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o índice de tratamento de esgoto no Nordeste é ainda menor do que a média nacional – apenas 36,2% dos resíduos são tratados.
O vice-presidente da ABCON, Alexandre Lopes, participa do encontro para apresentar aos prefeitos alternativas de parceria com a iniciativa privada, como concessões e PPPs, que aceleram os investimentos em saneamento.
Completando a programação, o evento terá ainda a presença do prefeito Dilador Borges, de Araçatuba, que falará sobre o caso bem-sucedido da concessão privada de saneamento naquele município.
O 2º Encontro Nacional de PPPs Municipais acontece nos dias 28 e 29 de novembro, no Wish Hotel da Bahia. O prefeito ACM Neto participa da abertura.
Mais informações: http://www.totemeventos.com.br/2encontrogestores.