Em janeiro e fevereiro, três leilões movimentaram o saneamento, cada um deles com diferenciais importantes para a consolidação do marco legal do setor.
No dia 26.01, Orlândia, no interior de São Paulo, realizou a abertura das propostas para a concessão dos serviços de água e esgoto da cidade. A concorrência foi bastante disputada: 14 empresas tiveram suas propostas consideradas. O consórcio vencedor pagou outorga de R$ 51,5 milhões ao município.
Em 11.02, foi realizada a primeira concorrência do setor no Ceará após a aprovação do marco legal do saneamento. O leilão para os serviços de coleta, transporte e tratamento do esgoto na cidade de Crato definiu a operadora que que assumirá a concessão de 35 anos, com investimentos previstos de R$ 250 milhões e atendimento a 133 mil pessoas.
“O leilão no Crato segue a linha de viabilizar investimentos que municípios e estados teriam dificuldade de viabilizar sozinhos. A parceria, por meio de concessões e PPPs, garante não apenas a aceleração dos investimentos, mas também maior eficiência operacional. Foi também uma concorrência exitosa em âmbito municipal, o que será uma tendência em 2022 e 2023. As licitações municipais são um novo perfil de leilão no saneamento que ganha força”, avalia o diretor executivo da ABCON SINDCON, Percy Soares Neto.
Também realizado no dia 11.02, o leilão de São Simão, Goiás, teve uma peculiaridade inédita: foi a primeira concorrência a reunir num único certame as concessões de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos. O contrato terá duração de 35 anos e atenderá 20 mil habitantes, com investimentos previstos de R$ 50 milhões.
“Trata-se de um leilão muito importante, que demonstra bom apetite das empresas por esse perfil de licitação, e pode sinalizar um novo modelo de negócios para o saneamento avançar”, completa o diretor executivo da ABCON SINDCON.