Conseguimos atingir as metas? A resposta a essa pergunta reside na avaliação dos índices que fazem parte da aplicação do planejamento estratégico.
Com 1,5 milhão de pessoas atendidas ou beneficiadas, a GS Inima Brasil é uma companhia que possui oito concessões de saneamento no país. Adotado há cerca de três anos, o planejamento estratégico da holding é extensivo a todas essas unidades e tem sido implementado com sucesso, sendo um exemplo do uso de indicadores em processos referentes à atividade de concessionárias de saneamento.
Indicadores do planejamento estratégico são instrumentos de medição que verificam se as metas definidas pelo plano estão sendo atingidas. Eles podem medir desde o desempenho comercial da empresa até a performance de processos e pessoas. Cada plano gera uma série de ações que devem ser monitoradas pelos indicadores.
O plano da GS Inima, por exemplo, possui vários indicadores que permitem avaliar se a operação da empresa está sendo bem-sucedida em diversos aspectos: operacional, financeiro, contratual, recursos humanos, satisfação do cliente, entre outros.
“Cada processo tem seus próprios indicadores. Alguns são comuns a todas as operações, e outros são específicos”, explica o diretor técnico da empresa, Giuliano Dragone. “Entre os indicadores que estão presentes em todas as operações estão os de perdas físicas de água, EBITDA (lucro antes de despesas), satisfação do cliente e taxa de frequência de acidentes. Uma concessão plena de abastecimento de água e esgotamento sanitário terá mais itens a serem medidos do que uma concessão parcial. As metas podem ser diferentes, variando de acordo com o contrato e a maturidade da concessão”, exemplifica.
Além de sua importância para avaliar se a empresa e suas concessões estão atingindo os resultados previstos, os indicadores são a base para que sejam realizadas ações de benchmarking (comparativos), não apenas entre as próprias operações, mas também com concessões administradas por outros grupos.
E por que devemos medir tudo o que fazemos? “Porque o que não se mede, não se gerencia nem se controla”, lembra Giuliano. No grupo GS Inima Brasil, há inclusive uma área de Controladoria que dá suporte na gestão de performance das empresas, de modo a assegurar que suas metas e seus objetivos sejam atingidos por meio dos indicadores de gestão.
O planejamento inicia-se com a elaboração do orçamento participativo de todas as empresas, na definição de metas econômicas, comerciais e técnicas, e avaliação de prioridades para o atendimento aos contratos.
“O QUE NÃO SE MEDE, NÃO SE GERENCIA NEM SE CONTROLA”
Com isso, os gestores de cada área elegem quais indicadores chaves (KPI’s) são fundamentais para avaliar as operações. O acompanhamento desses indicadores é realizado por meio de sistemas informatizados e um dashboard (painel) que consolida as informações e ajuda a compreender e monitorar qualquer eventual desvio das metas.
O planejamento, enfim, está em todas as fases do processo. “Tudo passa por um bom planejamento de curto, médio e longo prazos”, finaliza Eduardo Berrettini, conselheiro do SINDCON e também integrante da equipe da GS Inima Brasil.