Macapá, capital do Amapá. O estado será o primeiro grande leilão de saneamento do Norte do país, com investimentos previstos de R$ 3 bilhões.

Licitação no Amapá será a próxima, em setembro. Será o primeiro grande leilão de saneamento do Norte do país

Situado na parte oriental da Amazônia Legal, o Amapá sofre com a falta de saneamento básico. Apenas um a cada três habitantes no estado conta com o acesso à água encanada, e a coleta de esgoto é restrita a 7,1% de uma população total de 750 mil habitantes.

Muito se discutiu se o estado ofereceria condições para um projeto que fosse atrativo para a parceria com a iniciativa privada, e o resultado é que, a partir de uma modelagem feita pelo BNDES, o Amapá terá o primeiro grande leilão de saneamento do Norte do país. Os investimentos previstos alcançam R$ 3 bilhões durante 35 anos de concessão (sendo R$ 984 milhões nos cinco primeiros anos), e trarão enormes impactos econômicos, sociais e ambientais à região.

O leilão no Amapá está marcado para 2 de setembro e terá lances que combinarão menor tarifa e maior valor de outorga.

Após uma primeira etapa bem-sucedida, o leilão referente à concessão do bloco 3 da companhia Cedae será encorpado com mais municípios e levado à licitação até o final do ano, segundo o governo do estado do Rio de Janeiro.

Outras cidades fluminenses importantes, como Teresópolis e Angra dos Reis, devem lançar editais independentes. Os leilões municipais devem movimentar ao menos R$ 3,6 bilhões em obras, representando mais um driver de crescimento para o setor.

O Rio de Janeiro já possui exemplos exitosos de concessões privadas, como a de Niterói. A cidade foi considerada, pelo quarto ano consecutivo, a melhor em saneamento no estado, subindo da 26ª para a 24ª posição no ranking das cidades brasileiras de grande porte exemplares no setor.

Em Alagoas, acaba de entrar em operação a concessão privada de água e esgoto em 13 cidades da região metropolitana de Maceió, com 1,5 milhão de habitantes beneficiados. Um novo leilão no estado está previsto para o primeiro trimestre de 2022. A proposta é que sejam formados dois novos blocos de municípios, com investimento previsto de R$ 3 bilhões e 2,2 milhões de pessoas beneficiadas.

Outros certames previstos ainda para 2021 ou em processo de modelagem são os de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Paraíba e Ceará.