Você já deve ter visto filmes ou programas retratarem personagens que “fazem qualquer negócio” para chegar às posições mais altas nas empresas. Pois é, esse “vale tudo” é algo que precisa ficar restrito à ficção. De acordo com o Professor Luiz Almeida Marins Filho, consultor especializado em Recursos Humanos e presidente da Anthropos – Antropologia Empresarial, o que conta mesmo são as atitudes de cada um no dia a dia e, principalmente, a sua dedicação ao trabalho.
Para o Professor Marins (é assim que ele é mais conhecido), o “segredo” para conquistar novas oportunidades já está mais do que revelado. “O melhor a fazer é trabalhar com comprometimento, atenção aos detalhes e terminar tudo o que começar”, explica. “Fazendo isso, você já percorre mais da metade do caminho.”
Outra aliada de quem quer crescer é a iniciativa. O professor comenta que também é importante que a pessoa esteja atenta a outras tarefas em que pode contribuir no dia a dia, e não ficar apenas “presa” às suas funções. “A pessoa precisa se mostrar disposta a andar o ‘quilômetro extra’ e ir além daquilo que é próprio do seu cargo”, orienta o consultor.
Trabalho bem feito e iniciativa são qualidades que atraem a atenção das empresas e abrem portas para novas oportunidades. “Uma pessoa que trabalhe bem e seja confiável acabará sendo percebida pelas chefias e a promoção virá”, afirma Marins. “Ser promovido é consequência da prática dos bons comportamentos profissionais durante o trabalho”.
Na convivência com os colegas, mais importante que aprender a lidar com diferentes personalidades (chefes “ciumentos”, colegas desmotivados, pessoas que parecem querer só prejudicar, entre outras) é “driblar” a pretensão de querer se promover sem se dedicar. “Muita gente imagina que seus diplomas sejam suficientes para vencer”, diz o professor. “Isso é uma grande ilusão, pois só é promovido quem faz e entrega”.
Marins conclui destacando a importância de que também as empresas ofereçam oportunidades de crescimento. “Empresas que favorecem o crescimento pessoal e profissional serão sempre valorizadas e isso fará com que elas consigam atrair os melhores talentos”.
“Normalmente se chama de carreira a corrida numa pirâmide empresarial, ou seja, como ser promovido até chegar ao topo. Por outro lado, quem só pensa em carreira é chamado de ‘carreirista’. E a realidade tem provado que essas pessoas têm vida curta nas empresas. Ser promovido é uma decisão pessoal de cada um. Conheço pessoas que não querem cargos de chefia. Querem continuar como ‘colaboradores individuais’. Cabe a cada pessoa definir o seu limite, até onde quer chegar. E esse limite está no seu conjunto de crenças e valores, no que se deseja para a própria vida. Temos que lembrar ainda que a carreira é sempre um valor transitório. Os valores permanentes são: família, saúde, amizade e ética, entre outros. Quem joga todas as suas fichas em valores transitórios corre o risco de se arrepender. As pessoas precisam compreender que são as ‘roteiristas’ de sua vida. Quando elas se vendem pelo dinheiro ou pelo poder, normalmente pagarão um preço alto no futuro. Um dia, a carreira acaba”. Professor Marins, Especialista em Recursos Humanos