Ouvimos mais de 200 pessoas no Congresso da Fitabes e a maioria absoluta acha que a cooperação entre o público e o privado é uma alternativa para o saneamento avançar.
Um levantamento realizado pelo SINDCON e pela ABCON no início de outubro, durante a Fitabes, feira do Congresso da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, no Rio de Janeiro, ouviu mais de 200 profissionais e dirigentes ligados à área de saneamento.
A sondagem trouxe alguns resultados interessantes. Aos poucos, nosso trabalho está sendo percebido como um fator que pode fazer a diferença no futuro do saneamento no Brasil.
Para 30% dos entrevistados, a falta de interesse político é o principal motivo que impede o país de avançar para alcançar a universalização dos serviços públicos de água e esgoto. Outros motivos bastante citados foram a falta de uma gestão eficiente (29%) e de investimento (24%).
Gestão (33%) e investimento (20%) foram as áreas apontadas como aquelas em que a iniciativa privada pode melhor contribuir para a universalização, seguida da inovação tecnológica, com 19% das menções.
A falta de vontade política (37%) e a instabilidade no cenário político (25%) foram os motivos mais lembrados como impedimento à participação da iniciativa privada no saneamento.
Entre os resultados que podemos considerar positivos está a percepção de que a colaboração entre a esfera pública e a privada é uma alternativa para alavancar o setor: 96% dos entrevistados consideraram essa opção válida para acelerar a universalização dos serviços.
Outro mito que foi superado é a sensação de que a iniciativa privada só atua em grandes municípios. Segundo a pesquisa, 65% consideram viável a presença da operação privada, seja qual for o porte da cidade.
O SINDCON ouviu 222 pessoas durante dois dias de evento, desse total, 27% trabalhava em empresa pública de saneamento, 22% eram estudantes e 16% eram servidores públicos. Completando a lista, tivemos profissionais liberais, consultores, fornecedores do setor e também representantes da iniciativa privada (15%).
Agora, esses números serão utilizados para ajudar a planejar futuras ações da ABCON e do SINDCON, com vistas a combater alguns dos mitos que ainda persistem sobre a presença da iniciativa privada no saneamento.