Com o projeto Aquapolo, a iniciativa privada tornou-se pioneira no reúso industrial de água em São Paulo e no Brasil.

Padrões internacionais de qualidade são foco de regras inéditas no Brasil e pretendem incentivar reaproveitamento.

As secretarias de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), de Meio Ambiente (SMA) e de Saúde do Estado de São Paulo publicaram Resolução conjunta que disciplina o reúso direto não-potável de água para fins urbanos.

As diretrizes são inovadoras no âmbito do saneamento no Brasil e regulamentam as possibilidades de uso da água proveniente de estações de tratamento de esgoto sanitário. Apenas a Sabesp individualmente fornece 468 litros de água de reúso por segundo no estado, um indicador do potencial de economia e sustentabilidade da Resolução.

Desde 1998 a empresa reaproveita internamente e para indústrias os efluentes tratados do esgoto, que passam por um processo mais refinado de limpeza para ser utilizado em lavagem de ruas, rega de jardins, e até mesmo tingimento de tecidos, sendo uma importante fonte para poupar os mananciais de abastecimento.

“A expectativa é que as regras incentivem amplamente o reúso de água e, principalmente, o investimento em pesquisa em tecnologias”

A reutilização de água fica permitida para a limpeza de ruas e logradouros, lavagem de veículos especiais como trens, ônibus, aviões e caminhões, como de coleta seletiva ou construção civil, também a irrigação de parques e jardins, desentupimento de tubulações de esgoto e drenagem urbana, combate a incêndios e na construção civil. O agronegócio, uso predial e águas pluviais devem ser objeto de futura regulamentação.

Como atende ao setor público e privado igualmente, a expectativa é que as regras incentivem amplamente o reúso de água e, principalmente, o investimento e pesquisa em tecnologias afins.

O grande diferencial da Resolução conjunta SES/SMA/SSRH nº1, de junho de 2017, é a implementação de índices de qualidade definidos por padrões internacionais da Organização Mundial de Saúde – OMS, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO e da Environmental Protection Agency – EPA.

O resultado é a certeza de segurança para usuários e demais envolvidos nas atividades que utilizam água de reúso.